segunda-feira, 5 de outubro de 2009



Esse achei perdido no fundo de uma gaveta...





Inquietações

Queria escrever algo mais bonito e interessante do que apenas banalidades sobre meus pensamentos e devaneios pelas madrugadas de insônia.Queria ser, quem sabe, mais politicamente correta, minha mãe também queria.Queria talvez beber menos, mas para que,se ficar sóbrio nem sempre nos faz enxergar a vida com mais clareza e a dureza da vida é menos crua do que parece ser.Pensar , captar idéias, se apaixonar,viver, amar incondicionalmente, ser bom, porque é tão dificil reunir tudo isso.
Poruqe a madrugada me inspira , porque meus amores me deixam. Porque a vida ás vezes trás um certo cheiro de poeira apimentada, que muitas vezes não nos deixa respirar direito e ainda assim trás a energia de um tempero diferente e uma excitação que nos faz seguir...
Para que olhar a vida de longe com olhos que alguém te deu, se a miopia da modernidade te mostra tão pouco da essência e da alma humana.Somos programados para ter certas reações diante determinados pensamentos, mas confesso estar perdida, pois o que sinto agora é algo que minha sensibilidade e vocabulário não têm palavras pra descrever.Sinto escorrer pela face a tradução e alívio de minhas inquietações, como se tomasse um sedativo.A lágrima seda, diminui a dor, alivia os olhos e de repente me devolve o ânimo. Porque evitar chorar.Precisamos na verdade é saber de quem esconder.
Porque tomar café logo pela manhã e as vezes durante todo o dia.Seria porque, como a vida,ele é meio amargo e meio doce, por mais açúcar que coloque.por isso tomá-lo de manhã para lembrar disso bem cedo.Gosto mais do café amargo, assim,depois todo o resto me parecerá mais agradável.Agora o álcool, esse é um veneno doce.Como um pequeno choque que a gente leva, mas se esquece rápido e tem vontade de levar novamente só para sentir aquelas fumigações.
E por fim o amor, fio condução da boa vontade, do humanismo, do prazer e da vida plena.Para tamanha responsabilidade agregamos ao amor outros valores tão quão importantes e do mesmo modo esquecidos. E eu aqui pela madrugada afora disparo minha metralhadora de pensamentos e faço isso com o papel para não correr o risco de ficar falando sozinha...

escrito às 1h 15min do dia 1/07/2005


Andréia Mariano

Nenhum comentário: